Inquietações Pedagógicas

"Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso…"  Jorge de Sena in Metamorfoses

16.11.05
 

Aprender ao Longo da Vida” – Nº 5

Acaba de ser publicado o número cinco da revista trimestral Aprender ao Longo da Vida, editado pela Associação "O Direito de Aprender".
Está à venda em todo o país, em bancas seleccionadas.
Mais informações no site: http://www.direitodeaprender.com.pt/

Neste número destacamos:

Entrevista com o Johan NorbecK
Johan Norbeck é sueco mas fala português fluentemente. Levou a ideia das “Folk School” à Tanzânia e a Moçambique. Hoje, se voltasse a Portugal (onde esteve entre 78/79), não viria missionar com base nas experiências de outros países. Preferia tornar-se membro de um grupo de portugueses para discutir situações e necessidades. Johan Norbeck que se considera, acima de tudo, um educador em desenvolvimento popular aborda igualmente nesta entrevista o conceito de “Círculo de Estudo”.

Entrevista com Carlos Alberto Torres
Carlos Alberto Torres é uma das autoridades mundiais em teoria sociológica aplicada à sociologia da educação. Nesta entrevista à “Aprender ao Longo da Vida”, chama a atenção para a importância dos movimentos sociais no futuro da educação de adultos e sobre a necessidade de saberem enfrentar a realidade que é a globalização do planeta.

Debate sobre o Ensino Recorrente
Para onde vai o ensino recorrente? Que problemas enfrenta? Qual é o seu público? Como se articula com os cursos de educação e formação de adultos (EFA) e os centros de reconhecimento, validação e certificação de competências (CRVCC)? A “Aprender ao Longo da Vida” organizou um debate sobre estas questões com especialistas e agentes no terreno: Manuela Malhoa da Escola da Escola Secundária Marquês de Pombal, Filomena Gonçalves da Escola Secundária Tomás Pelayo, Lisete Matos da Direcção Regional de Educação do Centro (Ministério da Educação) e Jorge Pinto da ESE de Setúbal

O dossier deste número debruça-se sobre o papel das Bibliotecas ao serviço das comunidades:
No trabalho que realizámos para elaborar este dossier, encontrámos, por todo o país, um movimento que repensa a utilização destes espaços, tendo em conta os novos meios (Internet), os novos públicos (jovens) e as novas estratégias (espaços de exposição). Mas as próprias bibliotecas também podem ser reinventadas.

Reportagens:
Uma Biblioteca para todos
Na Biblioteca Municipal de Oeiras, a maior das três geridas pelo concelho, entram em média 700 pessoas por dia. O seu objectivo pode ser consultar um dos 60 mil documentos colocados à disposição, navegar na Internet, ler jornais ou participar de alguma das suas actividades. Mas as actividades que a biblioteca desenvolve são fundamentais para estabelecer uma ligação com a comunidade. E essas actividades podem ir de reunir famílias para dormir dentro da biblioteca (Pijama às Letras), a convidar contadores profissionais a narrar histórias de tradição oral (Noites de Contos).

Centro de Recursos em Conhecimento do CENCAL - Uma referência na área da cerâmica
Criado em 1985 e dispondo desde logo de uma biblioteca tradicional, o CENCAL - Centro de Formação Profissional para a Indústria de Cerâmica das Caldas da Rainha decidiu, no ano lectivo de 98/99, concorrer à rede de CRC (centro de recursos em conhecimento). Desde então, além do seu já de si notável acervo bibliográfico, passou igualmente a dispor de outros suportes documentais na área das “TIC” e do audiovisual, tornando-se um local de frequência regular para formandos e público em geral.

Onde as aprendizagens são exigentes
Não é fácil, numa grande cidade como é Lisboa, gerir um novo conceito de biblioteca municipal e adaptá-lo às necessidades de cada realidade, de cada comunidade, de cada bairro. Visitámos duas das várias bibliotecas existentes em Lisboa; a biblioteca Orlando Ribeiro e a biblioteca Museu da República e Resistência. Elas são, cada uma à sua maneira, um caso particular, dependendo da realidade em que está implantada e dos meios que possui.

A biblioteca que deambula
A palavra Bibliambule é a junção de duas palavras: biblioteca e deambular. “Biblioteca é ela e deambular sou eu”, explica Margarida Guia, uma actriz francesa de 32 anos a viver habitualmente no Norte de França mas que visita Portugal pelo menos duas vezes por ano.
Ela puxa uma caixa com rodas que tem dentro livros e visita os lugares mais inesperados. Na rua, lê livros, oferece poesias. Não escolhe com quem interage, comunica com as pessoas que passam e a todas cativa.

Bibliotecas e Aprendizagem ao Longo da Vida –Universidades Abertas
O texto de José António Calixto, Director da Biblioteca Pública de Évora, dá um contributo fundamental para enquadrar as experiências aqui relatadas. Este artigo começa por falar da evolução das bibliotecas públicas em Portugal ao longo dos últimos dois séculos, para de seguida se centrar sobre os papéis das bibliotecas no apoio à aprendizagem ao longo da vida e as razões porque elas podem ser um recurso primordial para aqueles que nela se envolvem.

Mediateca da CGD: 10 anos de existência
Passaram 10 anos da inauguração da Mediateca da Caixa Geral de Depósitos que funciona no edifício sede em Lisboa, no espaço situado no piso –1, sobre a arcada semicircular que dá acesso ao edifício pela rua do Arco do Cego.

Reportagem
D–Learning - Aprendizagem democrática e educação cívica na Europa num processo de aprendizagem ao longo da vida
D-learning é a abreviatura de Democracy Learning. É um projecto de parceria de aprendizagem que visa o desenvolvimento de uma rede europeia de organizações e de instituições promotoras da aprendizagem democrática e da educação cívica em diferentes contextos.
Esta reportagem fala-nos da reunião que decorreu no mês de Abril em Lisboa com as diversas instituições de diferentes contextos geográficos que formam a parceria deste projecto.

E ainda os seguintes artigos:

Einstein e nós
Neste Ano Internacional da Física instituído pela Unesco e pelas Nações Unidas, a “Aprender ao Longo da Vida” pediu ao Professor do Instituto Superior Técnico, Jorge Dias de Deus que escrevesse um artigo sobre Einstein.
Foi há 100 anos que o trabalho de pesquisa de Albert Einstein contribuiu decisivamente para a descoberta das duas teorias que revolucionaram a física: a relatividade e a mecânica quântica. Como pessoa e como cidadão Einstein esteve muito perto do que se pede a todo aquele que segue pelos caminhos da educação ao longo da vida: foi confiante e solidário, foi um indivíduo e foi um cidadão.

A Educação de Adultos na bacia mediterrânica
Peter Mayo Professor da Universidade de Malta colabora com a nossa revista com este texto que nos fala das realidades na área da educação de adultos da bacia mediterrânica.
O Mediterrâneo é, sob muitos aspectos, um conceito “construído”. Há quem o defina de uma forma que reflecte uma concepção colonial e eurocêntrica do mundo. Outros constroem esta região de uma maneira diferente atribuindo-lhe características do que se pode chamar, de um modo geral, o “Sul”, termo que denota marginalidade, tendo este “Sul” sido historicamente tanto um parceiro como uma vítima da colonização ocidental.

A educação comunitária no processo de educação ao longo da vida: o método (auto)biográfico
Maria da Conceição Pinto Antunes da Universidade do Minho escreve um artigo que nos ajuda a compreender a importância do método autobiográfico na formação dos adultos e a relevância que adquire em projectos de intervenção educativa junto de populações mais desfavorecidas culturalmente.


E ainda:
Livros, Internet e Notícias

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