Inquietações Pedagógicas

"Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso…"  Jorge de Sena in Metamorfoses

30.1.07
 
Sísifo.Revista de Ciências da Educação

Caros colegas,

Convido-vos a visitar o primeiro número da recentemente criada Sísifo. Revista de Ciências da Educação, que podem encontrar no seguinte sítio web:


http://sisifo.fpce.ul.pt/
(clique para abrir a página)

É uma revista bilingue (editada em português e inglês) criada com o intuito de divulgar a nossa actividade de investigação. O acesso é gratuito e todos os artigos estão disponíveis para impressão.

Saudações cordiais
O Coordenador da Unidade de I&D de Ciências da Educação


Rui Canário


Sísifo. Revista de Ciências da Educação
01 (Set Out│Nov│Dez│2006)

“História da Educação e Educação Comparada: novos territórios
e algumas revisitações a dois domínios disciplinares contíguos”
Responsável Editorial deste número: Jorge Ramos do Ó

Justino Magalhães O Manual Escolar no Quadro da História Cultural
Rogério Fernandes Bocage e a Educação Entre Dois Séculos
Rui Canário A Escola e a Abordagem Comparada
Ana Isabel Madeira Estudos Comparados em História da Educação Colonial
Luís Alberto Marques Alves Instituto Superior de Engenharia do Porto
Maria João Mogarro Arquivo e Educação
Maria Isabel Baptista Currículo e Ensino
Paulo Guinote O Lugar da(o)s Regentes Escolares na Política Educativa do Estado Novo
Jorge Ramos do Ó Os Terrenos Disciplinares da Alma e do Self-Government no Primeiro Mapa das Ciências da Educação (1879-1911)
António Nóvoa O Governo de Si Mesmo (Recensão)
Albano Estrela Necessidade e Actualidade das Ciências da Educação (Conferência)

______________________________________________________________________________Sísifo. Revista de Ciências da Educação http://sisifo.fpce.ul.pt/ sisifo@fpce.ul.ptUnidade de I&D de Ciências da Educação da Universidade de Lisboauidce@fpce.ul.pt http://uidce.fpce.ul.pt/ +351 217943651

28.1.07
 
A IGV e a DEMOGRAFIA - a propósito do referendo...
Um dos argumentos dos que defendem o "não" à pergunta sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez até à 10ª semana a referendar no dia 11 de Fevereiro é o de que a sua despenalização desencadearia uma "onda" de interrupções com efeitos dramáticos sobre a demografia portuguesa.

Ora uma notícia do Público de Sábado, 27 de Jan.º, dá conta de uma das conclusões do último Inquérito à Fecundidade e Família (1997!) segundo a qual "se os portugueses tivessem os filhos que desejam", "em vez de uma média de 1,4 rebentos por mulher (...) gostariam de ter 2,1. Se este anseio se realizasse, calcula-se que em 2050 haveria 150.000 crianças com seis anos, o dobro das que existirão se se mantiver o cenário actual..." Mas as previsões são até de que, a manter-se um "ambiente hostil às famílias com filhos", a taxa de fecundidade continuará a baixar para 1,1 filhos por mulher em 2050 o que significaria apenas 60.000 crianças de 6 anos face às 110.000 actuais.

Assim, parece que a melhoria da demografia portuguesa estará muito mais dependente de políticas de apoio à família (designadamente da generalização da oferta gratuita e de qualidade da educação infantil) - como aliás aconteceu em França depois da lei de Simone Weil .

Maria Emília Brederode Santos

25.1.07
 
MAIS UMA VÍTIMA DA TLEBS
A questão da TLEBS incomoda-me porque não conheço a proposta. Por um lado, como, através do meu filho, vivi a "moda das árvores" no Português, concordo que a insensatez e a precipitação podem levar à adopção oficial para o ensino básico de aplicações de teorias que são interessantes e fazem sentido mas só a nível universitário, pelo menos numa fase inicial. Os exs que têm vindo na imprensa também não são de molde a tranquilizar ninguém. Mas, por outro lado, alguns dos argumentos utilizados pelos que são "contra" são tão absurdos e ingénuos (como o julgarem que a terminologia que aprenderam é que é evidente, compreensível, "natural"...) que a eles não posso aderir.

Hoje, no canal RTP N , no´Forum..., debateu-se a TLEBS. Mas, nessa discussão, cientistas qualificados fizeram afirmações assustadoramente anti-científicas como a de afirmarem, (citando uma alta autoridade do Ministério da Educação, decerto mal compreendida...) que as experiências-piloto não servem de nada porque decorrem em circunstâncias de grande excepcionalidade. Aquilo que é uma qualificação de rigor necessária em qualquer experiência passa a negação de qualquer utilidade. Logo outro participante explicou que as turmas das experiências seriam excepcionalmente boas e daí não se poderem generalizar as conclusões...

Ou seja : antes de generalizar qualquer inovação, o Ministério da Educação deveria sempre divulgar os ensaios e avaliações que fez, indicando, naturalmente, a amostra utilizada e os critérios da sua escolha, a metodologia e os resultados. Quando não o faz (e eu não sei, neste caso, se o fez ou não, mas sei que houve casos no passado em que não o fez) não só está a defraudar quem nela participou como permite a desvalorização e a descredibilização de estudos, de experiências, da própria educação assente em investigação.

Maria Emília Brederode Santos


uer inovação

23.1.07
 
Os direitos da criança na vida e em filme
Afinal, apesar de termos a Constituição mais avançada da Europa em matéria de direitos da criança, a legislação portuguesa parece não ter ainda integrado o princípio do "interesse superior da criança" conforme o determina a Convenção dos Direitos da Criança que Portugal assinou. Gostei de ver o "Prós e Contras" de ontem dedicado a este tema. Só acho que faltou alguém que explicasse a importância e a dificuldade da construção dos "laços" na primeira infancia para que se perceba a gravidade do que se está a passar e que não é qualquer coisa que se resolve com um apoio psicológico (por muito que este seja útil e necessário).

Entretanto em cinema os direitos da criança parece que estão bem tratados - e aqui pelos nossos vizinhos:

"Binta y la gran idea", dirigido por Javier Fesser, acaba de ser nominado para los Óscar de la academia de Hollywood.
La referencia a esta noticia la podéis encontrar en la siguiente URL:
http://www.elpais.com/articulo/cultura/cortometrajes/espanoles/preseleccionados/Oscar/elpepucul/20070104elpepucul_2/Tes

"Binta y la gran idea" es una precioso corto que reclama el derecho a la educación para las niñas y que propone una muy interesante reflexión sobre el desarrollo.
Podéis obtener más información sobre el mismo en:
http://www.enredate.org/enredate/actualidad/historico/binta_vive_en_u/

Maria Emília Brederode Santos

8.1.07
 
Só cá ?
"Desde há vários anos que o debate sobre a escola incide essencialmente sobre questões polémicas como a "baixa de nível", o afundar da autoridade dos professores ou a demissão das famílias. Estas discussões mobilizam a opinião, permitem a expressão de pontos de vista contraditórios que suscitam a reflexão mas não conseguem fazer emergir propostas construtivas (...)

Corre-se o risco de os cidadãos, os pais e os alunos retomarem por vezes os lugares-comuns expressos e não compreenderem a questão da escola como uma questão central para o futuro das nossas sociedades. O ambiente dominante é de um fatalismo nostálgico pelo "bom tempo de antigamente"...

Trata-se de excertos de um texto introdutório a um debate intitulado "Quand les citoyens construisent l'école", lançado pelo Café Pédagogique e ESF Éditeur
(ver http://www.cafe-leblog.net) e lembrei-me dele quando vi anunciado para hoje, na SIC Notícias (às 2h da manhã, hélas !), no programa "Toda a Verdade" ,um documentário inglês intitulado "Caos nas salas de aula"...

Quem conseguir ficar acordado e ver o programa é convidado a vir aqui partilhar as suas reflexões.

Maria Emília Brederode Santos

7.1.07
 
Última oportunidade de participar !
O Debate Nacional sobre Educação está quase a encerrar. Se tem algum tema a indicar, alguma sugestão a fazer "para melhorar a educação nos próximos 20 anos" mande-os depressa para o Conselho Nacional de Educação (CNE) ou para o e-mail do site www.debatereducacao.pt

Maria Emília Brederode Santos