Inquietações Pedagógicas

"Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso…"  Jorge de Sena in Metamorfoses

20.2.07
 

Pergunta-me "o disciplinador", num comentário ao meu post anterior, se a embirração da comunicação social com as escolas portuguesas é só porque "vende mais" ou se é mesmo ideológica. Confesso que não sei a resposta. Mas encontrei nova notícia surpreendente para a imagem habitualmente veiculada sobre as escolas portuguesas :

Segundo o estudo anual sobre imigração do "The Portuguese News", jornal de língua inglesa publicado em portugal, 60% dos filhos dos "imigrantes de luxo" que habitam em Portugal, especialmente no Algarve, preferem frequentar as escolas públicas portuguesas. É o que deduzo de uma pequena notícia dada pelo Expresso, a 9/2/07 (sim, sim, é verdade, acumulo jornais por toda a parte e adoro ler jornais com mais de duas semanas...)O jornal entrevista, por exemplo, uma inglesa de 24 anos, que veio viver para o Algarve com 9 anos. Começou por frequentar o ensino internacional mas "a sua mãe percebeu o erro. Se continuasse por lá, iria crescer entre a elite de britânicos que frequentam os clubes de golfe e de ténis. "Nunca me iria sentir integrada na nova cultura", argumenta a jovem". Mas esperem que o melhor está para vir :

"O ensino português só me trouxe vantagens: tive de estudar com mais afinco, porque cá a entrada para a Universidade não está garantida"

Então está tudo bem nas escolas portuguesas ?

Claro que não ! Mas não estão tão más como as pintam sobretudo para os bons alunos, para os que provêm de um meio que os pode ajudar. Onde a escola portuguesa falha é a ajudar os maus alunos, aqules que não sabem estudar, e que não têm uma família escolarizada. O que é muito diferente da imagem que tem sido dada na comunicação social, não é ?

Maria Emília Brederode Santos

18.2.07
 
Portugueses satisfeitos com a educação ?!
Segundo o II Inquérito Social Europeu (que, em Portugal foi levado a cabo pelo ICS e o ISCTE),os portugueses estão mais satisfeitos com o seu sistema educativo (ou, melhor dizendo, menos insatisfeitos) do que com o da saúde e com o funcionamento da democracia. Mais insatisfeitos estão mesmo é com o Governo e a economia. Tudo isto vem num quadro publicado pelo Público de 8 de Fev, p.2.No entanto, sabem o que diz a pagela ? "Em relação aos portugueses, um em cada cinco está medianamente satisfeito com a vida que tem. Isso não impede, no entanto, que reclamem contra os sistemas de saúde e de educação". Já é embirração !!!

Maria Emília Brederode Santos

16.2.07
 
Mudanças inglesas
Segundo Isabel Leiria, no Público de hoje, o governo inglês acaba de propor alterações aos currículos dos alunos de 11 a 14 anos, estabelecidos em 1989, alterações que incluem uma gestão flexível do tempo (as aulas podem durar 15 minutos ou uma semana inteira, por exemplo), a introdução de línguas como o mandarim,o árabe ou o urdu que podem ser escolhidas em vez do francês ou de outras línguas europeias e a revisão dos programas das disciplinas para os "adaptar ao século XXI, para que o currículo se torne mais inspirador e aliciante para os alunos e consiga prepará-los melhor para o futuro" através de temas como as alterações climáticas, a pobreza global e aulas práticas de cozinha saudável.

MEBS

14.2.07
 
Publicações
O último Boletim do IAC contém um artigo de fundo de Carlos Neto sobre "Actividade física e saúde - as políticas para a infância" além das habituais informações sobre os vários projectos do IAC.

O Boletim de Janeiro de "O Público na Escola" anda à volta do tema "Educar em África" e recorda-se, no dizer do seu director Eduardo Jorge Madureira, "o inestimável contributo dos meios de comunicaçáo social para a educação nas zones mais pobres do planeta (...) neste mês em que se assinala o 25º aniversário da Declaração da UNESCO sobre Educação pqra os Media".

MEBS

5.2.07
 
REFERENDO E FORMAÇÃO CÍVICA
Referendo e Formação Cívica.

Vai havendo, por estes dias, solicitações dos alunos para discutirem na escola o próximo referendo. Os debates televisivos, a campanha eleitoral, o facto de se tratar de um tema que lhes interessa têm contribuído para aumentar a atenção e a necessidade de serem esclarecidos.

A Formação Cívica constitui um espaço onde estes debates se podem fazer, sobretudo a partir do 3º ciclo do ensino básico. Também no ensino secundário a discussão da temática da IVG pode ser interessante.

Estes debates poderão contribuir para a formação dos alunos, designadamente nos planos científico e cívico, desde que exista o cuidado de trazer para o debate os diferentes pontos de vista sobre o assunto. Poderão constituir uma ocasião para os alunos desenvolverem competências ao nível da organização de um debate, do respeito por diferentes pontos de vista, da argumentação, da pesquisa e organização da informação, tão abundante na nossa imprensa.

É necessário que a escola seja capaz de tratar temáticas transversais de um modo rigoroso, ligando a escola ao mundo actual, enriquecendo a cultura científica e humanística e promovendo o desenvolvimento de competências de cidadania.

Ana Maria Bettencourt

1.2.07
 
Conferência Internacional

PROFESSORES NA EUROPA
CONDIÇÕES DE TRABALHO, PERFIL PROFISSIONAL E CARREIRA

Lisboa, Sábado, 24 de Fevereiro de 2007
Hotel Lisboa Plaza, Travessa do Salitre, 7

Programa

09.45h Recepção

10.00h Boas-vindas
Custódio Cónim (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento / IED, Lisboa)Reinhard Naumann (Fundação Friedrich Ebert em Portugal, Lisboa)

10.15h Abertura
Jorge Pedreira (Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Lisboa)João Dias da Silva (Federação Nacional da Educação) e Óscar Soares (Federação Nacional dos Professores)

10.40h Introdução
João Freire (autor do “Estudo sobre a Reorganização da Carreira Docente do Ministério da Educação”, Lisboa, 2005)

11.00h 1ª Mesa-Redonda: Formação, recrutamento, avaliação e progressão na carreira
Martin Rømer (Secretário Geral do ETUCE / Comité Europeu dos Sindicatos de Educação, Bruxelas), Marjatta Melto (Vice-Presidente do OAJ / Sindicato da Educação da Finlândia, Helsínquia), Anne Jenter (Secretária Internacional do GEW / Sindicato da Educação e Ciência, Frankfurt), João Dias Silva (Secretário Geral da FNE, Porto)

12.15h Debate
Moderadora: Beatriz Bettencourt

13.00h Intervalo

14.30h 2ª Mesa-Redonda: Horário de trabalho, funções e categorias
Martin Rømer (ETUCE, Bruxelas), Marjatta Melto (OAJ, Helsínquia), Anne Jenter (GEW, Frankfurt), Manuel Grilo (Secretário Nacional da FENPROF, Lisboa)

15.45h Debate
Moderador: João Santos

16.45h Resumo e encerramento
Maria José Rau (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento / IED, Lisboa)Reinhard Naumann (Representante da Fundação Friedrich Ebert em Portugal, Lisboa)

A Conferência decorrerá em português e inglês, havendo tradução simultânea.
A entrada é livre.
Inscrições: Tel. 21 357 33 75, Fax 21 357 34 22 or via mail: info@feslisbon.org