Inquietações Pedagógicas

"Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso…"  Jorge de Sena in Metamorfoses

22.9.08
 

12 anos de escolaridade obrigatória?
Subitamente retomámos o debate sobre os 12 anos de escolaridade obrigatória. Mas será esta a prioridade para a educação?.
Defendo uma escolaridade longa e a rápida criação de meios para que ela se desenvolva, mas a análise das dificuldades da evolução do ensino básico nos últimos anos recomenda prudência .
Considero que o investimento prioritário tem de ser, ainda, em Portugal, o ensino básico.

Se cerca de 20% dos alunos não termina o ensino básico de 9 anos ou o termina com idades muito avançadas, se a acumulação de repetências e abandonos liquida ainda grande parte dos percursos educativos, não nos deveríamos preocupar prioritariamente com estes problemas?
A escola do ensino básico tem tido grande dificuldade em se adaptar à expansão e diversidade dos públicos que a frequentam. Fenómeno semelhante acontece no ensino secundário, abandonado por cerca de 40 % dos alunos antes de o concluírem.
Os organismos internacionais recomendam que o processo de expansão da escolaridade seja acompanhado do profundas mudanças ao nível da organização das escolas e do mandato e formação dos professores.
Há que conhecer bem as práticas organizativas e pedagógicas e as dificuldades até agora encontradas com o alargamento do ensino secundário, identificar melhor as razões do abandono e encontrar estratégias de prevenção deste grave problema, antes de serem tomadas decisões que implicam uma alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo, que deveria reunir um consenso alargado.

É que o problema não está nas leis .

Ana Maria Bettencourt

Comments:
saudações de maputo
 
Colegas

Está na altura de agir e passarmos à prática; não basta o inconformismo generalizado que graça por todas essas escolas do país face à política educativa de liquidar a escola pública e o ensino por excelência. É tempo de passar à acção e de contestar o ataque feito à carreira profissional por parte deste governo, que nos pretende reduzir a meros técnicos de ensino de crianças futuras analfabetas num mundo global.
Deixamos de lamentações e partimos para a acção; só e apenas nós podemos mudar o rumo dos acontecimentos. Por isso, a todos e de norte a sul do país, colaborem nesta luta sem tréguas pela defesa de uma escola pública e democrática e por um outro tipo de ensino mais exigente, qualificativo e gratificante para todos – as nossas crianças e jovens assim o desejam.
Não cruzes os braços em desânimo; participa nas acções e colabora na luta contra o sistema que nos querem impor: quotas para isto e aquilo, horários de trabalho para lá das 35 horas semanais, afunilamento e estagnação na carreira, burocracia sobre burocracia, desleixo grosseiro do ensino – aprendizagem, redução das reformas, tudo e mais alguma coisa.
A APEDE pode ser o trampolim da nossa luta; dia 15 de Novembro, na rua, pode ser a data de todas as datas para mostrar a nossa revolta perante a degradação das nossas condições de trabalho e do ensino em Portugal impostas por este governo. Por isso, é urgente que tu, na tua escola, colabores; pequenas colaborações juntam-se a outras pequenas colaborações e todos juntos faremos frente à ofensiva de quem apenas interessa vencer a resistência aos que se opõem à destruição do ensino público em Portugal.
Organiza e dinamiza o teu núcleo de constatação na escola; participa e manifesta o teu descontentamento. Não deixes de barafustar e indignar-te pela afronta aos teus direitos laborais. Participa nas acções.
Conto contigo, colega professor; que cada escola do país, sem excepção, esteja para já representada com alguém na reunião da APEDE, a realizar no próximo dia 11 de Outubro, Sábado, pelas 10h30, no Sport Club do Bairro, sito no bairro Sra. da Luz – Caldas da Rainha. A presença de alguém da tua escola é importantíssima para a nossa união e luta nacional. Participa, não faltes.
COPIA ESTE E-MAIL E ENCAMINHA ESTA MENSAGEM A TODOS OS TEUS COLEGAS. É UM OBRIGADO DE TODOS OS PROFESSORES PARA TI MESMO.
 
Enviar um comentário

<< Home